É só mesmo para lembrar (como se fosse preciso) que já só falta 1 mês para a tão esperada última temporada de GOT. E, para ajudar com a ansiedade provocada por tão longa espera, já temos belas fotos, trailers e a possibilidade de rever todas as temporadas como preparação para o grande final (obrigada HBO Portugal).
Não sei quem vai ficar no trono ou, sequer, se vai haver trono onde ficar, mas sei que vai ser épico.
Deixo-vos com o trailer para aguçar o apetite (como se fosse preciso) e para rever sempre que houver necessidade.
Ao que parece, o juiz Neto de Moura, conhecido por uma ampla panóplia de considerações abjectas em casos de violência doméstica e pela sua tendência para favorecer o agressor em detrimento da vítima, sentiu-se ofendido pelos comentários que têm sido feitos sobre o seu desempenho profissional.
Esta criatura, que acha aceitável e até compreensível que um homem (ou até mais do que um) agrida uma mulher, vem agora mostrar-se aborrecido pelas várias opiniões que mancham o que ele considera ser o seu "bom nome".
Seria bom que alguém explicasse a esta pessoa que a sujidade associada ao seu nome é da sua inteira responsabilidade e uma consequência directa da estupidez demonstrada nos famigerados acordãos.
Em defesa da sua honra, o sujeito decidiu tornar pública a decisão de processar os infames comentadores e humoristas que ousaram pôr em causa a sua douta idiotice.
Ricardo Araújo Pereira foi um dos visados pelo juiz, por conta dos comentários que fez no seu programa "Gente Que Não Sabe Estar" . A resposta de RAP à ameaça chegou já no passado Domingo, com mais uma dose de humor a conspurcar o bom nome do juiz. E desta vez foi sujidade à séria, com direito a jogo escatológico e tudo, um prémio bem merecido pelo juiz, à luz da conduta que vem demonstrando.
Da minha parte, só quero agradecer ao Ricardo pela resposta que deu a Neto de Moura. Foi uma vitória por KO e nem precisou de recorrer à violência. O humor e a inteligência foram suficientes.
O BOM - RAP e todos aqueles que dão voz à vergonha que sentimos.
O MAU - Neto de Moura ainda não ter sido removido do desempenho da sua função.
I love you so much, can't count all the ways I'd die for you girl, and all they can say is "He's not your kind"
They never get tired of puttin' me down And I´ll never know when I come around What I'm gonna find Don't let them make up your mind Don't you know
Girl, you'll be a woman soon Please come take my hand Girl, you'll be a woman soon Soon you'll need a man
I've been misunderstood for all of my life But what they're sayin', girl, it cuts like a knife "The boy's no good"
Well, I finally found what I've been looking for But if they get the chance, they'll end it for sure Sure they would Baby, I've done all I could Now it's up to you
Girl, you'll be a woman soon Please come take my hand Girl, you'll be a woman soon Soon you'll need a man
A 91ª cerimónia dos Óscares que terá lugar no próximo dia 24/02 não terá apresentador / anfitrião. E porquê? Ao que parece, é preciso ser um modelo de virtude para poder desempenhar essa tarefa. Qualquer piada parva ou comentário menos próprio (mesmo que tenha sido proferido no século passado e/ou em idade imberbe) é motivo mais que suficiente para tornar a pessoa inapta para a função.
Kevin Hart esteve quase a conseguir passar a malha apertada do polícia da virtude, mas foi traído por umas piadas com cariz supostamente homofóbico, que terá dito algures. Ao que parece, são já poucos os interessados em apresentar o espetáculo, até porque as audiências são cada vez menores, e acaba por não valer a pena submeter-se a tão rigoroso escrutínio. Já para não falar no possível pós massacre nas redes sociais, caso o desempenho não seja do agrado das massas.
E isto acontece no mesmo país, cujo presidente é a antítese da virtude. É irónico, já para não dizer que é muito idiota. Na verdade, não é muito importante que os Óscares tenham ou não apresentador, a não ser porque é mais um retrato da estupidificação a que pode conduzir a ditadura do politicamente correcto.
A arte e o humor devem estar-se nas tintas para o politicamente correcto, caso contrário perdem aquilo que é a sua essência de liberdade criativa. A cerimónia dos Óscares, na sua tentativa desesperada de agradar ao grande público, parece afastar-se cada vez mais daquilo que interessa, premiar o mérito. Tentar agradar a todos não é o caminho, é mais um passo para a descredibilização.
Sendo assim, tudo aponta uma cerimónia asséptica e com pouco (se algum) sentido de humor. A ver vamos se aparece algum unicórnio disponível para ser anfitrião no próximo ano.
Cada vez mais actual, deixo-vos com a sabedoria dos Green Day.
O BOM - apesar de tudo, o mérito ainda é um factor na escolha da maioria dos candidatos.
O MAU - a cedência ao politicamente correcto.
VEREDITO - quem quer agradar a todos, acaba por agradar a muito poucos.
With your feet on the air and your head on the ground Try this trick and spin it, yeah Your head will collapse if there's nothing in it And you'll ask yourself
Where is my mind? Where is my mind? Where is my mind? Way out in the water See it swimming
I was swimming in the Caribbean Animals were hiding behind the rock Except the little fish bumped into me I swear he was trying to talk to me, he said "wait, wait"
Where is my mind? Where is my mind? Where is my mind? Way out in the water See it swimming
With your feet on the air and your head on the ground Try this trick and spin it, yeah Your head will collapse if there's nothing in it And you'll ask yourself
Where is my mind? Where is my mind? Where is my mind? Way out in the water See it swimming
With your feet on the air and your head on the ground Try this trick and spin it, yeah
Agora que entrámos a sério no novo ano, já posso dizer com toda a certeza, que a melhor série que vi em 2018 foi "The Handmaid's Tale". E, ainda mais importante, ganhou um lugar no meu Top 5 de séries preferidas, lugar deveras exclusivo e difícil de alcançar. Até conseguiu que eu desse uma nota 10 no IMDB, feito apenas alcançado por outras duas séries até hoje.
Acho que já deu para perceber que a minha opinão sobre esta extraordinária série não podia ser melhor e, se existe por aí alguém que ainda não tenha visto, o melhor que tem a fazer é começar já para não perder mais tempo. Eu vi as duas temporadas de uma assentada e resta-me esperar pela terceira que deverá sair este ano. Praised be!
"The Handmaid´s Tale" é baseada no romance homónimo de Margaret Atwood (que está na minha lista de leituras prioritárias) e transporta-nos até um futuro não muito distante para um país chamado Gilead, anteriormente conhecido como EUA. Nesta distopia temos uma sociedade organizada por castas, com diferentes graus de poder e cujo funcionamento é assegurado pelo recurso a um sistema militarizado de constante vigilância, repressão, tortura e castigo. Under his eye!
Ao longo da série, vamos tendo acesso a flashbacks que mostram como foi possível chegar a esta realidade, aparentemente tão diferente daquela que conhecemos hoje. A ameaça da infertilidade, combinada com um desígnio religioso para a salvação da humanidade é a justificação para a tomada de poder por um grupo de pessoas que acredita ser este o caminho certo. E é assim que as mulheres passam a ser o bem mais precioso da sociedade e, ao mesmo tempo, a casta de nível mais baixo e com menos direitos. O seu propósito é procriar para as castas superiores. Blessed be the fruit. May the lord open.
E se a história é um ponto forte da série criada por Bruce Miller, tudo o resto contribui para que seja contada de forma exímia. O ritmo, o trabalho de câmara, a fotografia, a utilização das cores, tudo contribui para transmitir uma realidade claustrofóbica e violenta. E depois temos um conjunto de actores que dificilmente podia ser melhor. Joseph Fiennes (Fred Waterford) e Ann Dowd (Aunt Lydia) são o meu destaque na categoria de personagens que adoramos odiar.
Yvonne Strahovksi (Serena Waterford) é o meu destaque na categoria de personagem que, se calhar não é tão má como parece, mas depois afinal é ainda pior. É uma personagem complexa, onde nem tudo é o que parece.
E depois temos Elisabeth Moss (June Osborne) que é a alma da série. Eu já tinha gostado do seu desempenho na série Mad Men mas aqui estamos noutro nível. Todos os prémios que ganhou foram merecidos e não ter ganho o Emmy na cerimónia do ano passado foi uma injustiça épica. Aquilo que Elisabeth Moss consegue transmitir sem dizer nada é mais do que muitos actores não conseguem utilizando palavras. É uma personagem que ficará sempre na minha memória e isso não é dizer pouco.
Margaret Atwood considera "The Handmaid's Tale" um romance de ficção especulativa, no sentido em que acredita existir a possibilidade de acontecer num futuro próximo. Aqueles que vêem esta perspectiva como exagerada, talvez não tenham dado conta que, muitas das coisas hediondas que vemos na série, já aconteceram e estão a acontecer diariamente. Por exemplo:
levar pessoas para campos de trabalho forçados onde trabalham até morrer
obrigar pessoas a casar e ter filhos com estranhos
proibir as mulheres de ler ou ir à escola
castigos por apedrejamento ou mutilações físicas
mutilação genital das mulheres
tortura, perda da liberdade de imprensa, jornalistas executados
Com toda a certeza ninguém poderá afirmar que estas são realidades estranhas ou improváveis. E se todas estas coisas nos parecem tão profundamente erradas e difíceis de ver numa série de televisão, o que dizer se pensarmos que acontecem todos os dias aqui tão perto. Deixo-vos com este pensamento.
O BOM - tudo e Elisabeth Moss
O MAU - pensar que a realidade não está assim tão longe da ficção
Por ser uma acérrima defensora da liberdade de expressão, vejo-me obrigada a aceitar que um neonazi possa partilhar a sua opinião na praça pública. Por muito que o seu discurso seja hediondo e dolorosamente imbecil, aceito que o possa fazer. A liberdade de expressão é um pilar da democracia e derrubar pilares não ajuda a lutar contra quem quer derrubá-la. Se a ideologia fascista não permite a expressão de diferentes opiniões, cabe à democracia mostrar o que a torna melhor e permitir essa expressão, mesmo aos que são contra ela. Esta é a grandeza da democracia, que não pode ceder à tentação de pôr em causa aquilo que a torna grande.
No entanto, apesar de aceitar esta possibilidade, não posso concordar com a escolha da TVI em convidar um criminoso neonazi para um programa da manhã, apresentando-o como o simples "autor de algumas afirmações polémicas" e dando-lhe a possibilidade de mentir descaradamente sem um contraditório à altura.
Essa personagem sinistra que é Mário Machado foi condenado por crimes de discriminação racial, sequestro, ofensa à integridade física qualificada, tentativa de extorsão e implicação com responsabilidade criminal no homicídio de Alcindo Monteiro. Este jovem de 27 anos foi espancado até à morte por um grupo de skinheads, onde se incluía Mário Machado. Foi uma morte bárbara, motivada apenas pela cor da pele e isso não pode ser ignorado ou tratado de forma ligeira como aconteceu no "Você na TV".
Não é aceitável permitir que tenham sido ditas mentiras durante a dita entrevista, sem que as mesmas tenham sido desmontadas ou, pelo menos, questionadas pelo entrevistador. Mário Machado afirmou ter sido condenado apenas por ter escrito um texto nacionalista coisa que, segundo a sua pobre ignorância, nunca teria acontecido durante o regime salazarista. Afirmou também que a sua condenação foi um mero erro judicial, admitido pela própria justiça. E isto são mentiras graves que foram ditas num programa de televisão e que não foram desmentidas ou confrontadas pelo entrevistador.
E as mentiras não ficaram por aqui. Mais à frente, quando questionado sobre ser racista, xenófobo ou homofóbico, Mário Machado tem a distinta lata de responder que não. E ficamos assim? Mesmo? Não teria sido importante perguntar porque escolheu fazer parte de um grupo skinhead ou porque escolheu tatuar várias cruzes suásticas ou ainda porque fez ameaças de morte a várias pessoas com opiniões diferentes da sua?
Não conheço a motivação da TVI ao escolher este convidado para um programa com as características de um programa de entretenimento matinal, mas desconfio que possa ter a ver com guerra de audiências. Se assim for, temo que a ética esteja a tornar-se um conceito teórico sem aplicação prática e que o futuro dos media em Portugal caminhe para um sítio muito triste.
Cabe aos portugueses lutar para que isso não aconteça e não aceitar passivamente tudo o que lhes é posto à frente dos olhos. É preciso fomentar o pensamento crítico e a procura pela informação fidedigna. Só assim a democracia poderá sobreviver.
O BOM - as vozes que não aceitaram passivamente aquilo que não pode ser aceitável
O MAU - a falta de discernimento de uma estação televisiva no tratamento de um tema tão complexo e perigoso
VEREDITO - que sirva de aprendizagem contra a política do vale tudo
Sometimes I feel like throwing my hands up in the air I know I can count on you Sometimes I feel like saying, "Lord, I just don't care." But you've got the love I need to see me through
Sometimes it seems that the going is just too rough And things go wrong no matter what I do Now and then it seems that life is just too much But you've got the love I need to see me through
When food is gone you are my daily meal When friends are gone I know my Saviour's love is real You know it's real
You've got the love
Time after time I think, "Oh, Lord, what's the use?" Time after time I think it's just no good 'Cause sooner or later in life, the things you love you lose But you got the love I need to see me through
You've got the love
Sometimes I feel like throwing my hands up in the air 'Cause I know I can count on you Sometimes I feel like saying, "Lord, I just don't care." But you've got the love I need to see me through